27 de julho de 2011

Filme: "Assalto ao Banco Central"


"O filme “Assalto ao Banco Central” é uma obra de ficção, inspirada no maior roubo a banco do século. 
Sem dar um único tiro, sem disparar um alarme, os bandidos entraram e saíram por um túnel de 84 metros cavado sob o cofre, carregando 3 toneladas de dinheiro. Foram mais de três meses de operação. Milhares de reais foram gastos no planejamento. Foi um dos crimes mais sofisticados e bem planejados de que já se teve notícia no Brasil."
Sempre leio alguns artigos antes de escrever sobre determinado assunto, e quando fui pesquisar sobre o filme "Assalto ao Banco Central" fiquei surpresa.
De 8 sites que li, apenas 1 exibia críticas positivas e recomendações sobre o filme. Posso ser totalmente inexperiente, mas esperava o contrário.
O diretor Marcos Paulo é estreante na telona e eu admirei o que realizou, saindo do cinema com vontade de assistir novamente.
Gostei da trilha, principalmente a inicial que vai contra o que estamos acostumados a ouvir naquele momento.


O Milhem mais uma vez ganha meus olhos. Colocaram sua atuação como "caricata, forçada, se mostrando inteligente demais", mas creio que era isso que o papel pedia. O Barão era um personagem feito, deveria se mostrar com inteligência superior ao resto da gangue e suas aparições permitiam deixar rastros caricatos e talvez com certa pitada de humor.
Sou fã de seu trabalho, e ninguém me convenceu de que ele não estava apto para protagonizar o filme, ESTAVA LINDO!
Eriberto Leão nunca me ganha por completo. Não sei se seus papéis globais sempre são fraquinhos, mas minha simpatia não é completa por ele. No filme, como Mineiro, não esteve ruim, mas sua função também não ficou muito clara. Era pra ser o rostinho 'bonito' do plano e não teve que usar isso em momento nenhum.
Achei que seria 'o malandrão' ao sair da cadeia e soltar: "Sempre ando na linha, mas ela às vezes fica torta.", mas seu lado 'perigoso' se encerra ali.  Tudo bem, dá pra relevar.
O filme conta com DIIIVEEERSAS frases 'de efeito' e clichêzinhas que apelam muito nos diálogos, mas isso não me incomodou como espectadora, até decorei algumas.
E o diretor quis ousar na montagem. Não sei se isso funcionou da forma que ele queria. Se a intenção era nos mostrar uma super ação 'à la Tarantino', não deu. Mas em nenhum momento essa edição não-linear te deixa perdido ou não consegue passar a mensagem da cena.


"Assalto ao Banco Central" pode ser menos do que todos esperavam, não ter a fotografia exemplar, conter atuações 'novelísticas', falhar na edição, etc e tal, mas eu recomendo MUITO que assistam (inclusive, pode me chamar) e tirem suas próprias conclusões.
Para quem quer conhecer mais a história do roubo e se surpreender com a inteligência deles (que por um túnel, com sistema de iluminação e ventilação impecáveis, levaram 164 milhões!), o filme é excelente, indiferente à todas as referências hollywoodianas!

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